segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

FINAL DE ANO: O ACIDENTE DE SCHUMACHER, SUAS REPERCUSÕES E A IMPREVISIBIILIDADE DE NOSSAS FRÁGEIS VIDAS



Pois é: após um longo e nem tão tenebroso silêncio, o final de ano nos alcança e com ele as inevitáveis temporadas de "balanços" e reflexões sobre o que foi e principalmente, sobre o que poderia ou deveria ter sido. Não vou fazer uma análise de meu ano aqui, nem vale a pena, olho para a frente com a certeza que as coisas vão melhorar. Entre as muitas decisões não cumpridas do ano passado, estava a de revigorar este blog, decisão esta que talvez eu consiga cumprir em 2014. Se não, paciência...
O acidente de Michael Schumacher na França, onde ele continua internado e inspirando cuidados e preocupações a todos os seus fãs e amantes do automobilismo em geral, foi uma destas fatalidades que acontecem e por serem fatalidades, não têm uma explicação racional ou plausível. O cara andou milhares e milhares de quilômetros a 300 por hora, teve acidentes, capotagens, sustos e aposentou-se quase incólume, caiu de motos, andou a cavalo, deve ter saltado de paraquedas e tal, e numa simples descida de ski, esporte que ele domina como poucos, a queda.
Como eu falei, qualquer pessoa que tenha o mínimo respeito pelo esporte que amamos, gostando ou não, tem que respeitar o alemão queixudo.  Seu lado "Dick Vigarista", muito incensado pela imprensa brasileira, em particular pela Rede Globo, pelas surras homéricas que ele aplicou a seus adversários brasileiros, entre os quais dois tricampeões mundiais, passam uma imagem distorcida de quem realmente é o Michael. Eu, Cezar, por exemplo, sempre me identifiquei muito mais com um Schumacher, ou com um Mansell, por exemplo, do que com vários dos brasileiros que atingiram ou tentaram alcançar a Formula 1. Ambos eram oriundos da classe média (guardadas as proporções) de seus respectivos países, enquanto todos os brasileiros que pilotaram bólidos da Formula 1, com a honrosa exceção de Roberto Moreno, eram membros de uma elite econômica. Nada contra, afinal, não sou socialista e automobilismo é esporte caro mesmo, mas é impossível não me identificar mais com caras como Nigel, Michael, ou mesmo Kimi, cujos pais deram o sangue para que seus filhos pudessem perseguir seus sonhos.
Michael é um cara comum. Adotou de certa feita, uma cadelinha vira-latas aqui no Brasil e a tratava com imenso carinho. Ajudou muitas pessoas, sempre de forma altruísta e anônima. Venceu tanto que ficou até meio sem graça e em sua volta, apesar de não ter conseguido obter os mesmos resultados, lutou dignamente até sua segunda aposentadoria. Sou seu fã, apesar de tê-lo odiado quando jogou o carro sobre meu amigo Damon Hill naquele distante Grande Prêmio da Austrália em 1994. Quero vê-lo sair desta e voltar ao Brasil nos próximos anos para se divertir correndo e vencendo de kart, como sempre faz. Arriba, Michael!

sábado, 14 de setembro de 2013

THE JAMES HUNT HISTORY: ANIMAÇÃO MUITO LEGAL DA MCLAREN!

Continuando a série de animações para comemorar o cinquentenário da mítica marca inglesa/neozelandesa, apresentamos a história de seu segundo campeão mundial, James Bon....ou melhor, Hunt! Bem legal!

MCLAREN TOONED: O EPISÓDIO DO EMERSON!

A McLaren vem lançando uma série de vídeos incríveis para comemoras seus cinquenta anos de história (que não teve tom algum de cinza, exceto na época de patrocínio dos cigarros West....rs). Enfim, vale a pena ver o filminho abaixo para diversão e matar saudades.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

TODOS OS PALPITES DO MUNDO ACABAM EM.....


O assunto, claro, não poderia ser outro: as mudanças no plantel de pilotos da equipe Ferrari para o próximo ano. Vários fatores estão em jogo: a dispensa do piloto brasileiro Felipe Massa, que aparentemente pode ser o estopim que faltava para uma crise sem precedentes para o automobilismo brasileiro, pois pela primeira vez em mais de quarenta anos não teremos um piloto compatriota na categoria máxima. Ouvir a voz ufanista do Galvão Bueno tecendo loas a algum gringo vai ser de lascar. O segundo a própria "química explosiva" em juntar fogo com gelo no mesmo lugar. Alonso é em minha modestíssima opinião o melhor piloto da atual geração, tendo o inegável mérito de ter desbancado ninguém menos que o alemão anterior, Schumacher. Já Kimi tem algo a provar, em minha opinião: a motivação! Quem não se lembra de sua medíocre temporada em 2009, quando foi praticamente defenestrado da Ferrari em favor do próprio Alonso, ainda que regiamente pago para ficar em casa (ou no seu caso, brincando com os carros de rally, nos quais não fez feio e até, numa ou outra prova na Nascar)?
A dispensa de Massa se justifica plenamente por sua falta de competitividade nos últimos anos. Bom piloto ele continua a ser, mas algo deu errado na composição da dupla com Alonso. Ele não fez feio diante de Schumacher e muito menos de Raikkonen, mas com Alonso, pareceu murchar, encolher e isso, com as justificativas de que o acidente o havia afetado, não evoluiu com o tempo. Eu até diria que a escuderia foi muito paciente com ele, provavelmente pela pessoa amável e "team player" que certamente sempre foi. Terá mai sete oportunidades para tentar reverter a imagem de total submissão ao espanhol, mas eu não acredito em mudanças radicais na forma apresentada por ambos até agora. Alonso sempre consegue extrair algo mais de seu equipamento, parece estar bem em qualquer circunstância e se lhe dão meia chance ele a aproveita por inteiro. Ironicamente, Alonso está se transformando numa espécie de Stirling Moss, eterno vice-campeão, mas Moss tinha como pedreira no seu caminho o iluminado Fangio, enquanto Alonso teve contratempos intra-equipe e externos, como a boa forma de Sebastian Vettel a bordo dos carrões do Newey.
Discordo da maioria dos saudosistas que tecem elogios sem fim aos pilotos do passado em detrimento dos atuais. Tive a oportunidade de assistir a muitas corridas de Formula 1 nos anos 80, e penso justamente o oposto: aqueles pilotos eram bons, velozes, gênios alguns. Mas os carros quebravam muito, não havia telemetria para mostrar as falhas de pilotagem, trocas de marchas e tudo era feito empiricamente. Hoje em dia, cada rpm é medida e avaliada, cada trajeto, cada tomada de curva, acelerada ou freada mais inoportuna fica registrada e é mil vezes analisada. Portanto, os limites são desumanos e a tolerância a erros e falhas muito pequena, mínima mesmo.
De qualquer maneira a questão mais importante agora, no que tange ao automobilismo brasileiro diz respeito à permanência de Felipe Massa do Brasillllllll na Formula 1 para o próximo ano. O outro Felipe, o Nasr, que tem a minha torcida e simpatia, está deixando a desejar em sua segunda e bem financiada temporada na GP2, e se não for campeão, bye bye.
Quanto a questão de como a Ferrari vai lidar com a super inflação de egos a bordo de suas naves, isto fica para um próximo post. Na minha opinião, a cartada pode dar certo sim, e mesmo que digam que Kimi não seria um segundo piloto para Alonso, eu acho que ele vai acabar sendo, ainda que a peso de ouro. Se Massa for para a Lotus tem chance de refazer sua carreira, talvez não no patamar da Ferrari, mas não devemos nos esquecer que Felipe tem um vice campeonato com muitos méritos em seu nome e de bobo não tem nada!

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

ASSENTANDO A POEIRA

Todos os anos a famosa "silly season", ou seja, a época de boatos que assolam o mercado de pilotos de Formula 1 começa em meados do ano. Com a anunciada "aposentadoria" do canguru Mark Webber, que se retira de um dos cockpits da melhor equipe da categoria para correr no WEC na equipe da Porsche (mundial este que parece ganhar força, voltaremos ao assunto). seu cobiçado lugar passou a ser alvo das mais fantasiosas especulações, houve até alguns "patriotas de verde e amarelo" que colocaram o decadente e outrora glorioso Felipe Massa como uma ameça ao Chuck Vettel. Enfim, o boato mais consistente dava conta que o gelado finlandês  Kimi "the loud" Raikkonen seria o contratado. Alas.....not to be! Não havia realmente grandes chances do  descolado piloto nórdico, baiano por opção ideológica, que detesta quaisquer atividades de Relações Públicas, treinar muito, falar qualquer coisa e etc, se encaixar naquele grandioso esquema do tio Didi. E para justificar talvez o investimento na Toro Rosso, a segunda equipe pertencente a fabricantes de energéticos austriaca, promoveram um dos bad boys da equipe júnior. Na verdade, a mera existência de Sebastian Vettel, oriundo da equipe satélite já teria valido a pena, mas, após detonarem com as carreiras de um xoxo Sebastian Buemi e um promissor Jaime Algusuary, e estar conduzindo o pobre Jean Eric Vergne para o mesmo caminho, havia que se salvar alguém, e talvez, em débito com a Austrália, por terem sacaneado tanto seu predecessor, Webber, escolheram o insosso Daniel Ricciardo. Sorriso bobo e aberto, papo previsível de piloto de linha de montagem, com verniz de Relações Pública aplicada desde o talquinho da prè-infância, vamos ver o que o simpático rapazinho pode fazer. Quanto ao Kimi, apesar das especulações de que vá se juntar ao Toro Brabo Fernando Alonso na Ferrari, acho que acaba ficando em seu descolado "habitat" da Lotus mesmo. Que alíás, mostrou invejável senso de humor com a ilustração abaixo. E mais abaixo, a entrevista em inglês, com script previsível e co patrocínio da colgate, do novo "aussie boy" da vez!


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

SENNA TESTANDO O FORMULA INDY DE EMERSON

Para os saudosistas como eu: um vídeo mostrando quando Ayrton Senna, dois anos antes de sua prematura morte, testou o Formula Indy de Emerson Fittipaldi e na época, meio chateado com as políticas da Formula 1, falava seriamente em correr na categoria.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

segunda-feira, 22 de julho de 2013

AS BENESSES DA JUVENTUDE

Este menino, Marc Marquez (20 anos) brilhantemente petulante, mostra ao outrora "enfant terrible" e hoje grande mestre Valentino Rossi que lições bem ensinadas são bem aprendidas. Que momento!

sábado, 20 de julho de 2013

O DOCUMENTÁRIO QUE VAI NOS PREPARAR (PELO MENOS AOS MAIS JOVENS) PARA O FILME RUSH!

Como acompanhei lance a lance a temporada inesquecível de 1976 da Formula 1 (sofrendo por ver meu ídolo Emerson andando do meio para trás a bordo da nova Copersucar), o filme Rush vai ser uma revisão de conceitos e quem sabe, uma catalização de emoções. Na época eu simpatizava muito pelo James Hunt ( o que após conhece-lo pessoalmente, bem mais tarde, foi amplamente confirmado: o cara era o CARA) e também sempre gostei do Niki Lauda. Que privilégio! O documentário abaixo é excelente em sua realização, e mesmo longo, vale uma horinha de seu sábado a tarde!

CHRIS AMON: UM DOS GRANDES COMPLETA SETENTA ANOS DE IDADE

A biografia deste grande piloto neozelandês é conhecida por muitos aficionados: saiu muito jovem de sua terra natal em busca de oportunidades e aos 19 anos de idade já estreava na categoria máxima, apenas 3 anos após ter iniciado sua carreira, no GP da Bélgica de 1963 a bordo de uma Lola. Sempre foi muito rápido e técnico, mas o estigma de azarado ficou colado à sua imagem, pois jamais logrou vencer um GP de Formula 1 oficial. Venceu corrida extra campeonato, venceu as míticas 24 horas de Le Mans, fez várias pole positions, voltas mais rápidas, foi primeiro piloto da equipe Ferrari, e principalmente, foi muito respeitado pelos seus pares e muitos fans ao redor do mundo.Foi piloto da March, Matra, BRM, Lotus, Tyrrell, Ensign. Correu em vários tipos de carros e foi sempre muito rápido. Hoje é um respeitável sobrevivente dos anos mais perigosos da história do automobilismo, e vive em sua Nova Zelândia natal. Parabéns, Christopher Arthur Amon! 

Amon e o Matra Simca de 1972 em Brands Hatch.


Amon e a Ferrari de 1967 em Monza
Amon e o Ensign da minúscula equipe do mesmo nome com o qual ele fez milagres.


quarta-feira, 17 de julho de 2013

DIRETO DO TÚNEL DO TEMPO: PIQUET E A GLORIOSA BRABHAM BMW BT 52 EM GOODWOOD

Em minha modesta opinião um dos mais belos bólidos de Formula 1 jamais construído (pelo genial Gordon Murray) desfilou sua elegância nas mãos daquele que melhor soube extrair velocidade dele: Nelson Piquet. I O engraçado e que nos comentários, alguma viúva de Senna posta algo como: "que lento, se Senna estivesse vivo iria voar com este carro" para ser pronta e justamente excomungado por um fã inglês, que diz detestar os "fãs de Senna". Nao se trata especificamente de fãs de Senna, mas fanáticos de qualquer tipo sempre me dão azia. Cada qual teve seu mérito e precisamos aprender a respeitar os grandes, como tao bem fazem os Europeus e Norte-Americanos!

RUSH : MAIS UM TRAILER PARA AGUÇAR A CURIOSIDADE

Para  os aficionados do automobilismo, como eu e você, este  é certamente um dos mais aguardados lançamentos cinematográficos dos últimos anos! Mais um trailer foi liberado pela equipe de produção do filme RUSH! Vejam:

sábado, 13 de julho de 2013

GOODWOOD: A ENTREVISTA COM PIQUET

Roubado do blog do Rodrigo Mattar, a mil por hora, a entrevista é toda em inglês (macarrônico) do Nelson Piquet. Mas vale a pena assistir, pelo humor, carisma e sinceridade do velho campeão, devidamente apreciado e cultuado por quem realmente entende de automobilismo, os ingleses.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

COM O DEVIDO RESPEITO

Nunca fui muito f do David Coulthard, mas confesso que mudei um pouco de opinio ao assistir a este lindo vdeo onde ele mostra respeito pelas tradies do automobilismo, de sua terra, a Esccia e principalmente por Jim Clark, um dos meus dolos.

COISA DE CINEMA

Estes dias mesmo, eu estava vendo um excelente documentário sobre a temporada de Formula 1 de 1976 e fiquei ainda mais ansioso para ver o filme Rush, que mostra (espero que não fantasiem muito) a história pelo lado humano. Tem uma passagem que vi no trailler do filme que achei absurda, quando Niki ou James, avista ao outro e pergunta a alguém que está ao lado :  — Quem é este? Implausível, pois ambos já eram amigos desde os tempos da Formula 2, na realidade, dividiram um apartamento em Londres no início dos anos 70 (fonte, o livro "To Hell and Back" escrito pelo Niki o qual tenho uma cópia). Agora imaginar quem lavava as louças ou o banheiro, ou arrumava o apartamento, é exercício de mágico!

segunda-feira, 1 de julho de 2013

VATTANEM: SUBINDO PIKES PEAK COM CMERA ON BOARD: IMPERDVEL!

Ontem eu postei que o Sebastian Loeb bateu em mais de um minuto e meio o recorde da mtica subida da montanha de Pikes Peak, no Colorado. Achei este videozinho antigo, com outro mito dos rallies, o finlands
Ari Vattanen, onde a filmagem mostra a sensao de estar dentro do carro, no caso um Peugeot 405. Vale a pena investir quatro minutinhos para desfrutar da arte dos mgicos condutores de rally!

domingo, 30 de junho de 2013

MONSTRO: LOEB EM PIKES PEAK!

Um dos maiores desafios do automobilismo mundial a prova contra o relgio na subida da montanha, em Pikes Peak. Mais de cento e quarenta carros divididos em diversas categorias. O Peugeot 208 T16 pesa 875 e tem um motor turbo com ....875 HP! Ou seja, um cavalo de fora para cada kilo de peso. E tem mais: atrs do voltante o grande, nove vezes campeo mundial de rally, o francs Sebastian Loeb. Ele simplesmente destruiu o recorde anterior em mais de um minuto e meio.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

HOMENAGEM A ALLAN SIMONSEN

Roubado do blog do Flavio Gomes este vídeo da Porsche em homenagem ao piloto Allan Simonsen que morreu no ultimo sábado em Le Mans. Adoro esta prova, apesar dos riscos.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

FORMULA VEE: CORRIDA BARATA E COMPETITIVA

Todos sabem do fraco que tenho pela Formula Vee. Basta assistir ao video abaixo para ver que a categoria é desprovida de frescuras, proporciona bons pegas e o ambiente é bem legal. Tem todo o meu apoio e só não participo, por falta de fundos mesmo!

quinta-feira, 20 de junho de 2013

RELATO DE AMIGOS: EU ESTAVA LÁ E VI TUDO! BY HELIO CARREIRA!

A alegria incontida de Fisico na que seria sua primeira vitória na Formula 1.



Espaço para o relato dos amigos. Hélio Carreira e um dia de chuva em Interlagos, um carro 

amarelo, um italianinho sortudo, um acaso, uma taça trocada.....bom, melhor ler o relato!


2003- GP Brasil...
Bem mais jovem e vulnerável essa figura que estampa a foto me deu um conselho que
carrego comigo desde então: "Sempre que você sentir ódio; lembre-se de que
todas as pessoas no mundo não têm as vantagens que você já teve e tem na
vida."....
Essa Figura importantíssima trocou mais palavras suficientes para eu absorver da
melhor forma possível. Parei e comecei a reservar todos os detalhes da
conversa. A mente é rápida em detectar quando a mensagem é de qualidade e vem
de uma pessoa como Giancarlo Fisichella.
E assim aconteceu durante o GP Brasil 2003, porque eu estava a par das mágoas do
Giancarlo em relação ao carro da Jordan carinhosamente apelidado de Lázaro!
A maioria das confidências foi em relação ao carro, tudo reservadamente
discutidas com meu padrinho Giulio. A preocupação, ou a leviandade hostil eu
percebia por alguns sinais e marcados por pressões óbvias da equipe.
Sempre tive uma esperança infinita neste “carinha” de macacão amarelo. Não deu
outra... 17 voltas para o final, e Físico assume a ponta embaixo de chuva! No
box da Jordan, os mecânicos e engenheiros já não conseguiam piscar, todos com
os olhos atentos nos monitores . Na mesma volta Mark Webber destrói a Jaguar ,
bate forte e deixa vestígios por todos os lados!! Não sobrou nada do carro!
Logo, Alonso tentando desviar dos resquícios deixados por Mark Webber mas enfia o
carro no mesmo muro! Uma batida mais forte!!!! Com um “toque “ de um professor,
Fisichella desvia dos pneus do carro do Espanhol que estavam rodando soltos na
pista.... Bandeira Vermelha e corrida parada!
Giulio grita:
- O Giancarlo vai vencer, piralho ( meu apelido)!
Não poderia acreditar!!! Eu estava incrédulo, vencer com aquele carro é digno de
ser levado a um manicômio. O carro era ruim, o motor Ford era o pior na pista.
Corrida encerrada! Quem venceu? Comemoração no box da Jordan. Já Fisichella para o
carro com o motor Ford em chamas –
Pensando nos fatos... se existisse uma nova largada, Giancarlo estaria fora, mas não se
importava e celebrava o feito jogando seu capacete para o céu!!
Como um balde de água fria, a FIA dá a vitória para kimi Raikkonen! Giancarlo, visivelmente
aborrecido, abraça o engenheiro Mike como consolo (isso na minha frente) antes
do podium, enquanto ED Jordan protestava a decisão da FIA. A bandeira vermelha
foi dada na 55ª volta, e não na 56ª!
Mais tarde, já no aeroporto de Cumbica, no restaurante the collection, aguardando o
vôo para Roma, Giluio tentava conformar o Fisíco dizendo que a equipe ia
recorrer na seqüência Giancarlo solta a seguinte frase: “Estou triste, não
estou com raiva, seria minha primeira vitória na Formula 1... sei que alguém
está olhando por mim e irão corrigir esse erro....”
Duas semanas depois, a FIA mudou o resultado da prova, foi comprovado através de
imagens que a bandeirada foi dada na volta 55, e não na 56! Foi a primeira
vitória na carreira de Giancarlo Fisichella.

Resumindo...Sem ódio, sempre!



Hélio Carreira é um aficionado por automobilismo, leitor de nosso blog, louco por José Carlos Pace, o Moco (um dos caras que mais entendem de Moco que eu conheço) e tem um monte de histórias legais, nem todas publicáveis, claro.  Além de ser irmão da adorável  Elisangela, claro, rs.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

DELENDA BRASILIA!!!



    Não amigos, ao me referir à famosa frase de Catão, eu não estou sugerindo a destruição física ou eliminação da cidade de Brasilia, mas apenas, a destruição de tudo o que é podre e está contaminando a nossa vida política! Segundo reza a lenda, Catão, o antigo, sugeriu a eliminação da cidade de Carthago, que resistiu a Roma durante muito tempo. Aliás a palabvra latina "delenda" que vem do verbo "deleo" é a raiz da palavra inglesa "delete" que foi aportuguesada para deletar! O mundo dá voltas.
   Enfim, minha ideia é que, independentemente das motivações política ocultas, ou mesmo interesses escusos que possam estar por trás de tudo isso, manifestar-se é preciso! Basta de tanta resignação. Vamos botar o bloco na rua, já. Mas já que estamos em Brasilia, capital da safadeza nacional, reduto de velhacos, covil de ladrões engravatados, vamos exigir novas posturas éticas, maior respeito no trato dos bens públicos, maior transparência no uso de nosso dinheiro. Por exemplo, qual a razão destas "ajudas" a países estrangeiros com tantos brasileiros passando por necessidades aqui mesmo? Por que precisamos acolher um marginal e assassino confesso como o Cesare Battisti ? Por que a preocupação de proibir o Ministério Público de efetuar investigações Por que temos tantos ministérios inócuos, inúteis e gastos nababescos mantendo-os?
    Aproveitemos, portanto, a enorme onde de mobilizações populares para passar a limpo algumas coisas que nos enfiam goela abaixo diuturnamente. Como pode um prefeito em sua campanha eleitoral prometer uma coisa e fazer exatamente o oposto meses depois (me refiro á promessa de Haddad, alcaide de Sampa em não aumentar as tarifas de ônibus, amplamente documentado pelas redes sociais e pelas memórias daqueles que as têm). Por que o governador do Estado de São Paulo comprou uma briga inglória e mandou a Policia Militar bater em manifestantes? E quem são exatamente aqueles que depredam, destroem, querem ver o caos? O PSTU? Elementos do próprio PT? A quem interessa a desgovernança? Já falam até em "ameaça à Democracia", o que é claro, uma sandice. A democracia é justamente isso, a possibilidade de discordarmos, argumentarmos, manifestarmos nossa insatisfação de forma livre.
    Portanto: Delenda Brasilia e tudo de infame que o nome, a cidade, a aura que isso gera e provoca! Que não cheguemos a ter uma nova Fênix, que não existam fogos para renascermos das cinzas, mas sim, reerguermos o que temos de Nação, incólumes e renovados para um país melhor para nossos filhos e netos!

sábado, 15 de junho de 2013

SAUDOSAS BATALHAS PARA COMEÇAR O SABADÃO

Hoje, 15 de junho faz exatamente vinte anos da morte do grande piloto e superlativo "bon vivant" James Hunt, um dos meus ídolos de sempre. Não vou mostrar aqui alguma proeza sua como piloto (mostro depois), mas sim também, para aqueles que falam e entendem inglês, suas qualidades como narrador (isto mesmo, ele era comentador, mas nesse trecho de clipe, está narrando a épica batalha entre Alan Jones e Alain Prost no GP da Alemanha de 1981).

segunda-feira, 10 de junho de 2013

ESTARIA VETTEL "SCHUMACHERIZANDO" A FORMULA 1 ATUAL?

     
O que faz de Vettel um piloto tão formidável? A força da mente aliada ao talento nato e a disciplina germânica!

 Para especular apenas: os dirigentes, Mr. Ecclestone à frente se desdobram em inventar artimanhas regulamentares, tais como "asas móveis", "kers", pneus que se autoderretem  e outras, para criar pluralidade entre os vencedores de Grandes Prêmios, para dar emoção, ainda que tão real quanto Las Vegas, e vem um garotinho, com sorriso meio bobo, dedo espetado para cima, a bordo de uma super máquina e estraga os planos. Se eu fosse Seb "Chuck" Vettel, ficaria esperto para não ser abatido por algum assassino de aluguel, a mando da FIA, pois ele está, decididamente, estragando o campeonato. Se não vejamos: temos regras que em hipótese provocam equilíbrio como poucas vezes se viu na categoria máxima, cinco campeões mundiais em atividade, proibição de testes durante a temporada (burlada por Mercedes et Pirelli, mas isso vai ter consequências em breve), equipes grandes com investimentos pesados, um monte de autódromos do seculo XXI. A receita está certa, não? Errado. Quando lá no topo as coisas clicam, e clicam mesmo, combinando até com uma boa dose de sorte, é difícil bater os homens.
      Em várias ocasiões tivemos períodos de hegemonia. Houve a época Fangio (caso de hegemonia do gênio, uma vez que as máquinas eram pouco confiáveis e ele, para não deixar dúvidas trocava de carros e equipes e continuava a dominar a tudo e a todos), tivemos a hegemonia Chapman (pena que ele pensasse que pilotos eram itens descartáveis, pois seus carros eram frágeis e matavam mais que guilhotina em Paris no tempo da revolução), tivemos é claro a era McLaren Honda  e o duelo fraticidade entre Prost e Senna, tivemos as muitas dominações WIlliams, com Piquet, Mansell, Prost, Hill e Villeneuve, todos campeões e devidamente descartados em seguida, tivemos o incrível domínio de Michael Schumacher e da Ferrari no começo dos anos 2000 com cinco títulos consecutivos, que juntando-se aos dois conquistados pelo queixudo teutônico pela Benetton em 94/95 fazem dele, com sete triunfos, o maior vencedor de títulos e colecionador de recordes da histórias. Os detratores de Schummy (e em especial as viúvas de Senna) costumam minizar as suas conquistas, como se ganhar 91 corridas na Formula 1 fosse algo corriqueiro. Recordes que pareciam inalcançáveis, impossíveis de serem igualados, mas que a cada ano que passa, pasmem, frente ao "rolo compressor" Vettel, parece mais plausível do que nunca de serem igualados, se não superados. E olha que temos na mesma época e mesma pista, pilotos do calibre de Alonso, de Hamilton, de Raikkonen, de Button, etc, para ficar apenas nos campeões. 
     O conjunto Red Bull/motor Renault é imbátivel? Certamente que não. Mas o conjunto Red Bull/Renault/Vettel é osso duro de roer mesmo para um inspiradíssimo Alonso. Eu gosto de ver disputas, na pista e fora delas, com o choque de personalidades, a briga de egos, a psicologia superando a pura destreza técnica. Por isso me deleitava ao ler os depoimentos do Emerson em suas áureas épocas de Lotus e Mc Laren, ao ler como ele com a mente superava adversários montados em carros mais rápidos, como Regazzoni, Hulme e por vezes até Cevert e Stewart. Vettel parece ter além da incrível forma técnica, da juventude, da gana de vencer, uma mente a prova de "tilts", o que não se pode dizer de Hamilton, por exemplo, sempre incomodado com algo extra pista, a escamotear-lhe o talento. Quem viver, verá!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

HORA DO RUSH : FOTO DO DIA

Ano de 1976, quando eu era feliz e sabia, áureos anos da Formula 1 (e repito, não sou saudosista, mas que da uma saudades daquela época, dá....) nas ruas de Long Beach, California, GP dos Estados Unidos Oeste, um trenzinho de carros, liderados pelos saudosos Clay Regazzoni, na Ferrari, James Hunt de McLaren e Patrick Depailler de Tyrrell, intercalados pelo vivo Niki Lauda e mais dois falecidos: Ronnie Peterson no March branco e Tom Pryce na negra e linda UOP Shadow! Para recordar!


terça-feira, 4 de junho de 2013

FINALLY I LED THE RIGHT LAP

"Finalmente eu liderei a volta certa" — uma das melhores frases que ouvi nos últimos tempos, da lavra dele, Tony Kanaan. Palmas!

segunda-feira, 3 de junho de 2013

QUESTÃO DE PONTO DE VISTA



Estes dias o Helio Castro Neves, que para mim continua a ser tão Hélio quanto Castro Neves (abaixo a frescura de chama-lo de Helinho — não sou íntimo do gajo — e tampouco Castronevestudojunto — suprema babaquice) andou dando entrevistas e a dizer certas sandices. Disse que a maioria dos pilotos atuais da Formula 1 seriam "mimados" e que respeita apenas cinco. Tudo bem. Há que se considerar que o Helio Castro Neves não é nenhum bobo e tem um currículo respeitável — dentro das pistas, a bem da verdade! Porque fora delas, andou envolvido em algumas confusões (como a querela com seu antigo "manager" Emerson Fittipaldi), a da prisão por suspeita de fraude com o fisco americano ( felizmente esclarecida), a tal dança dos famosos (fubá de quem precisa de mídia a qualquer custo).
Repito: respeito o Helio como piloto. Mas que chamar os seus pares que correm na Formula 1 de mimados me parece mais uma pontinha de despeito do que qualquer outra coisa. E olha que eu sou um daqueles caras chatos que nunca endeusam os pilotos da Formula 1, tratando-os como atletas "top", sem mais e nem menos, com suas qualidades e defeitos.
Agora, uma coisa é importante frisar: eu acompanho a Formula 1 ávidamente desde o final da década de sessenta, portanto já vi algumas gerações de pilotos desfilarem seus respectivos talentos nas pistas de todo o mundo, muitos deles "in loco". E volto a repetir: temos na atualidade uma das melhores safras de sempre! Quem ousaria dizer que Fernando Alonso, Sebastian Vettel, Kimi Raikkonen, Lewis Hamilton — os quatro mais talentosos — não estariam em evidência na categoria em qualquer época? Sei que isso dá "pano para manga", mas eu tenho a firme convicção que a memória nos prega peças e nos faz subir retroativamente a cotação de uma série de pilotos que foram bons, sim, mas cometiam muitos erros, quebravam muitos motores, batiam muito e não tinham sensibilidade mecânica e muito menos o preparo físico exigido hoje em dia, além, é claro, do extremo preparo mental que vemos hoje.
Não vou entrar naquela interminável polêmica de citar nomes, os que já citei acima como excepcionais me bastam e temos outros bons condutores no lote, como Jenson Button, Nico Rosberg, Nico Hulkenberg, Mark Webber, Felipe Massa.
Mimados eles certamente não são. São bem tratados, bem pagos e muito, muito pressionados. Na Formula Indy, ao contrário, temos um bom lote de pilotos no momento, mas há também alguns elementos que sequer poderiam dirigir o caminhão ou o motorhome de uma equipe de Formula 1! E venhamos e convenhamos, pilotar para uma equipe Penske é mais "maneiro" que para uma Panther, ou Sam Smith ou Dale Coyne, ou....Kv da vida. E olha que estes não estão fazendo tão feio assim! Quem é mimado, portanto?

sexta-feira, 31 de maio de 2013

FORMULA VEE BRASIL: SUCESSO TOTAL

Todos sabem que sou fã da simpática e acessível categoria de acesso. O vídeo abaixo é auto explicativo:



segunda-feira, 27 de maio de 2013

(RE)COMEÇOU A FRITURA


Longe de mim qualquer intenção de jogar lenha (ou abrir mais o gás do fogão) na fogueira! Mas a cada corrida ruim do Felipe Massa, os boatos de que será substituído por A ou B são recorrentes. O mais recente, apesar de sua boa forma em algumas provas este ano, após o fiasco de Mônaco, é que em 2014, Kobayashi, que já está contratado como piloto no campeonato de Marcas, será o seu substituto. Já falei várias vezes que Felipe teve sim suas oportunidades. Que é bom piloto, mas que está devendo. Equipes TOP precisam de pilotos idem. Dê um carro mediano nas mãos de Fernando Alonso e ele é capaz de vencer provas. Nas menos capazes de Felipe, beliscar um pódio é algo comemorado de forma intensa. Enfim....pressão existe em todos os lugares e esportes de alto rendimento e onde grandes quantias de dinheiro estão envolvidas não seriam diferentes. Enquanto isso.....é bom Massa apertar o da direita, pois a fritura já recomeçou!
Massa frita: a gordura esquenta.
O mito no mito: Koba san a bordo de uma Ferrari de Formula 1 de 2010.


domingo, 26 de maio de 2013

TONY KANAAN É O VENCEDOR DAS 500 MILHAS DE INDIANÁPOLIS DE 2013

Com todos os méritos, o piloto baiano Tony Kanaan venceu, após fazer uma corrida assertiva e muito eficiente a prova mais famosa do automobilismo mundial, as 500 milhas de Indianapolis. Parabéns Tony!

"Finalmente vou colocar minha cara feia naquele troféu! - Tony Kanaan....- ainda bem que sua cara metade é bonita......


30 ANOS E O TEMPO NÃO PARA!

Hoje o filho repetiu o feito do pai. Nico Rosberg venceu no principado em uma maíscula vitória a bordo de sua Mercedes.
Há 30 anos o então campeão mundial a bordo de uma Williams Ford aspirada, fez um corridaço no principado e conquistou uma de suas mais marcantes vitórias.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

JUSTA HOMENAGEM

Um dos mais competentes e carismáticos pilotos franceses da história da Formula 1, falecido prematuramente em outubro de 1973, quando estava no auge, aos 29 anos de idade, François Cevert recebeu uma linda homenagem de seu conterrâneo Jean-Eric Vergne, que fez o lay out de seu casco em alusão ao lindo capacete de Cevert.





quinta-feira, 23 de maio de 2013

NÃO DÁ PARA PERDER!


Venho falando há tempos, assim como outros blogueiros, sobre o lançamento do filme Rush, que retrata a épica rivalidade entre Niki Lauda e James Hunt no campeonato mundial de Formula 1 de 1976. Já postei o primeiro trailer do filme aqui mesmo em dezembro e volto a postar o terceiro "teaser". Só uma pequena observação: tenho a biografia de Lauda "To hell and back" e ele relata como ele e Hunt dividiram um apartamento na frenética Londres do início dos anos 70, assim como algumas garotas também. Portanto, a cena em que Hunt pergunta: "quem é aquele?", se for no contexto de não saber quem Lauda era, é totalmente inverosímel. Esperar para ver.

NÃO NOS ESQUEÇAMOS DE INDIANAPOLIS!

Domingo tem, além do Grande Prêmio de Mônaco de Formula 1, corrida sempre muito esperada, mas que frequentemente frustra por ser monótona e previsível, uma das provas que mais gosto: as 500 Milhas de Indianápolis! Para ir aguçando a curiosidade um pequeno video de uma corrida na década de 30, mais precisamente no ano de 1934, nascimento de meu pai! Para quem acha que tradição pouca é bobagem...

quarta-feira, 22 de maio de 2013

O PRIMEIRO GRANDE PRÊMIO A GENTE NÃO ESQUECE

O primeiro Grande Prêmio transmitido ao vivo pela televisão brasileira foi o de Monte Carlo em 1972, não por acaso o ano do primeiro título de Emerson Fittipaldi. Transmissão em preto e branco, mas valeu. Apesar de ter saído na pole position, Emerson conseguiu apenas o terceiro posto no final, em prova brilhantemente vencida (a única vitória da carreira) pelo francês Jean Pierre Beltoise ( cunhado de François Cevert). Os pontos obtidos pelo terceiro lugar foram importantes para Emerson consolidar sua liderança no campeonato que não perderia mais!


O RETORNO

Eu gostava muito de torcer pelas equipes nanicas na Formula 1: aqui o Ensing da equipe Theodore com Patrick  Tambay a bordo.

Muitas coisas acontecendo. No campo pessoal, no profissional. Mudanças. A vontade de escrever retornando. Nos últimos meses tenho me limitado a assistir as corridas e ler os blogs de outros autores. Na maior parte das vezes, os que leio pelo menos, ótimos textos, fotos, análises precisas. O que "pega" por vezes são alguns comentários de leitores xiitas, desavisados, que palpitam mesmo quando é para escrever : "eu não entendo, ou não conheço, mas acho que..." — cáspita!, se não entende ou não conhece, por que não lê e aprende a respeito antes de dar pitacadas? Muita gente escreve sobre as atuais corridas de Formula 1 como sendo chatas, previsíveis e mencionam os "velhos tempos" como se fossem mágicos. Pessoal, eu estava lá, sim sou velho e acompanho vorazmente a Formula 1 desde 1968, pelo menos. Com algumas excessões, nos velhos tempos, os carros quebravam muito, o nível de pilotagem não era lá estas coisas, excetos nos caras que estavam nos melhores carros das melhores equipes, não havia telemetria e os erros de pilotagem eram muito mais frequentes, se bem que as deficiências técnicas dos pilotos dos pelotões intermediários eram mascaradas pela falta de telemetria! 
No ano em que Ayrton Senna sagrou-se campeão mundial pela primeira vez, 1988, somente ele e seu companheiro de esquadra na McLaren tinham carros para vencer. Legal se você era francês ou (principalmente) brasileiro, mas provavelmente nem tanto para os torcedores de outros pilotos e outras nacionalidades. As corridas eram boas? Há controvérsias. Houve grandes duelos, grandes corridas, mas o tempo parece que aumenta as proezas. Quero ver neguinho entrar na pista hoje, mesmo com um carro bom e "botar banca" para cima de um Fernando Alonso, um Sebastian Vettel, um Kimi Raikkonen, um Lewis Hamilton, um Button, um Webber, vai lá um Massa ou um Hulkenberg! São pilotos de ótimo naipe e talvez em pouquíssimos e brevíssimos períodos tenhamos tido o privilégio de assistir a tantos craques ao mesmo tempo, e o que é melhor, a bordo de carros que raramente quebram e com a telemetria totalmente escancarada para vermos as eventuais "barbeiragens" antes mascaradas pelas deficiências técnicas das comunicações entre carro e equipe.
Enfim. Não sou saudosista. Curti e como torcer pelo Emerson Fittipaldi a borda da mítica Lotus 72D preta ( e já havia torcido pela mesma linda combinação em vermelho). Vibrei com cada um dos títulos do Piquet, sempre lutando meio sozinho contra a malta toda, com seu jeito malandro e irreverente. Torci pelo Senna e seu talento cirúrgico de não deixar pedra sobre pedra, principalmente nas classificações com aquelas voltas precisas e ao mesmo tempo "banzais". Mas igualmente torci pelo Niki Lauda e seu jeito desengonçado. Torci muito pelo James Hunt, admirador do playboy irreverente e talentoso que foi. Torci pelo Keke ter finalmente sido campeão do mundo, a base de seu talento sempre sub-utilizado até então. Admirei os títulos de Alain Prost, principalmente por te-lo visto em ação diversas vezes e sua aparente facilidade de condução me deixava perplexo. Gostava do Rene Arnoux. Era fã do Elio de Angelis, do Ronnie Peterson, do nosso Moco, o saudoso Carlos Pace. Admirava os dias bons do Lole, Carlos Reutemann. Gostava do Jackie Stewart (como não gostar?), do François Cevert, do Jo Siffert, do Denny Hulme. Nunca gostei do Jody Scheckter, mas reconheço seu talento.  Torci bastante pelo "Leão" Nigel Mansell por sua garra, bravura e inegável velocidade. Poderia ficar aqui a noite toda discorrendo sobre os pilotos para quem torci e que NÂO eram brasileiros. Ou seja, esporte é esporte. Se um conterrâneo ganhar e você se identificar com ele, legal, se não, a vida segue. Hoje eu não desgosto do Massa, mas não sinto aquela vibração em torcer por ele. Torço muito mais pelo Kimi, pelo Lewis, mesmo pelo Alonso, do que por ele. E jamais torci para alguns brasileiros que passaram, ainda que fugazmente pela Formula 1, por absoluta falta de identificação. Domingo tem Mônaco, e até lá eu volto para aborrece-los um pouco mais.