quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

HISTORINHA DELICIOSA DO PASSADO. ROMANTISMO NA FORMULA 1, O ONTEM E O HOJE.


Lendo o excelente site GrandPrix.com, me deparei com uma coluninha deliciosa do sempre competetente Maurice Hamilton. Ali ele descreve a carreira de certa forma inusitada do Peter Gethin, recém-falecido, sua rápida ascenção, o fato de estar testando o carro de F1 da Mclaren no exato dia em que Bruce Mclaren sofreu seu acidente fatal em Goodwood, em 1970, o impacto que isto foi na equipe e tal. Isso tudo é bem legal, principalmente narrado pelo Hamilton, em sua habilidade com o texto e  também o fato de ter obtido as informações diretamente das pessoas envolvidas.
O que achei mais legal foi que ao ser despedido da Mclaren em 1971, acabaram oferecendo ao pequeno Gethin o carro BRM do Pedro Rodriguez, rapidíssimo mexicano que faleceu ao voltante de um Porsche no mundial de Protótipos. Em apenas sua segunda corrida pela BRM, na rapidíssima Monza, então sem as chicanes, Gethin passou várias vezes dos giros do motor, correndo o risco de estourá-lo, mas sabendo que tinha que alcançar o pelotão da frente.
Lá, Ronnie Peterson, Mike Haillwood, e François Cevert se digladiavam ferozmente pela liderança. Alcançou-os e sabia que teria que estar em primeiro ou segundo, para ter alguma chance na bandeirada. Veio de lado na parabólica, escorregando no limite e conseguiu, graças aos 12 cilindros do motor BRM sair com mais torque à frente. Mas Peterson veio junto, e na era pré-telemetria, usou de pequena "malandragem" : ao cruzar a linha ergueu os braços em júbilo, mesmo sem ter a certeza de ter sido o vencedor. 
Com isso fez juz á grande quantia de 800 libras esterlinas, que mesmo naquela época, não era nada tão especial. Foi convidado a jantar com o patrão, o sempre esnobe e aristocrático proprietário da equipe, Sir Louis Stanley. Na volta, a limousine teve um pneu furado, e dentre todos os presentes, inclusive o motorista, Gethin era o único que sabia trocar o pneu. Fez isso sob a gozação cerrada do próprio Sir Stanley, que rindo, não se cansava de repetir: "olha o ganhador do GP da Itália".....rs.....
Uma história desta jamais ocorreria nos dias de hoje, quando pseudo terceiros pilotos cujos nomes eu ou você nem sabemos (e não por falta de assessoria de imprensa, não é senhor Razia?) têm aspones até para carregar as pastas e os tablets,  cheios de ego-boosters dos mesmos.....

Gethin e Sir Louis Stanley no pódio em Monza. Horas depois, o baixinho estaria sujando as mão de graxa.....

2 comentários:

Rui Amaral Lemos Junior disse...

É Cezar, estava no lugar certo na hora certa. Foi uma grande vitória a sua em Monza...

INFORROCK disse...

MONZA, PARA MIM, É TOP 5!!!!
SÓ FODÃO OU "CAGADO BOM" VENCE LÁ.
MORRER É O DE MENOS... FUDIDO, É UM CARA DESTES... UM BRAMBILLA... UM PANIS...
--------------
MAIS VALE 1 BEM DADA, DO QUE 90 ROUBADAS...
--------------
VIU O HOLANDÊS...
SABÍAMOS A TEMPOS, MAS ESSA BIXONA DE 1,90 SÓ ABRIU A BOCA 1 SÉCULO DEPOIS...
--------------
[ ]S AO AMIGO
MR. INFORROCK