quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O CINEMA EM LUTO: MORREM ARTHUR PENN E TONY CURTIS

Morreram esta semana dois ícones do cinema norte-americano das décadas de sessenta e setenta do século passado: o diretor Arthur Penn, famoso por seu "Bonnie & Clyde" com Warren Beatty e Faye Dunaway. Morreu também o galã/comediante Tony Curtis, cujo filme mais memorável em minha modesta opinião é "Some like it hot" — péssimamente traduzido para "Se meu apartamento falasse", com Jack Lemmon e Marilyn Monroe.




quarta-feira, 29 de setembro de 2010

SUGESTÃO DE QUEM CONHECE: O FORMULA VE DO ARARÊ

Este é o estudo do mais que competente Ararê Novaes para a carenagem do nosso Formula VE ( nosso é liberdade minha, mas se torcida conta como patrimônio associativo, é nosso sim). Ta bonito o bichinho, lembrando um pouco o Quest de Formula Ford de meados dos anos oitenta na Inglaterra, carrinho que lançou Johnny Herbert.







terça-feira, 28 de setembro de 2010

ALGO REAL EM TEMPOS DE TANTAS ENGANAÇÕES

Estou cansado. Cansado das promessas vazias, das enganações, de tanta estupidez institucionalizada. Daí que fuçando na net, me deparei com este velho vídeo do Ari Vatananen e sua batalha contra o relógio em Pikes Peak. Coisa para gênios. Minha filha Ana Beatriz, de onze anos, ficou impressionada com a habilidade, destreza e coragem do velho piloto finlandês. Cansado de explicar as falcatruas dos políticos, a bizonhice das candidaturas-tiriricas a ela e ao Tales de 13 anos ( como se nós precisássemos traduzir o mundo para nossos pequenos — eles sabem mais que nós) resolvi postar algo real. Sem mais palavras.

domingo, 26 de setembro de 2010

PELA DEMOCRACIA E CONTRA A CENSURA

Para o bom entendedor, meia palavra basta. Contra aqueles que querem silenciar a imprensa que ousa pensar e escrever diferente. Contra qualquer tipo de totalitarismo cafajeste, que ultimamente vem assolando este pobre país.Obras do artista Gil Vicente, expostas na Bienal de Arte de São Paulo.

ALONSO DE PONTA A PONTA: DESTA VEZ SEM MUTRETAS!


A corrida de hoje foi boa. Não foi ótima, mas foi bem interessante. Algumas conclusões:
- Alonso - está pilotando muito e com uma força mental incrível. Há algumas rodadas, ao dizer que se considerava na corrida pelo título da temporada, todos o acharam fanfarrão e otimista demais.Acertou o carro para seu estilo de pilotagem, está confiante, tem a equipe na mão e com isso anula sua concorrência doméstica, uma vez que Massa parece totalmente apático.
- Vettel - Fez boa corrida, mas precisava de um "algo" mais, aquele toque de gênio que nos acostumamos ver nos grandes de outrora, e mais recentemente em Alonso e em ocasiões, Hamilton. Manteve-se na luta pelo título, mas num circuito onde os carros da RBR eram favoritos, o segundo lugar traz um certo gosto de derrota consigo.
- Webber - Visivelmente corre pelo título, e o vem fazendo bem. Largou mal ( excesso de cautela?), como tem sido sua praxe últimamente, mas pilotou bem nas circunstâncias. Ao contrário de seu companheiro Vettel, não precisava fazer mais do que fez hoje, pois a liderança do campeonato já era sua. No episódio com Hamilton acho que foi correto, o inglês é que foi otimista demais. Teve sorte e não ter o carro danificado. Sorte de campeão, talvez.
- Button - Outro que fez boa corrida, um tanto quanto burocrática talvez, mas raramente erra. Está na disputa do título, mesmo que à uma certa distância. O carro da Mclaren teve altos e baixos durante a temporada, e é mérito de seus dois pilotos que se encontrem em posição de disputar o título.
- Rosberg - Corrida burocrática e sem brilho, mais uma vez batendo seu badalado companheiro de equipe de forma convincente. Eu jamais fui fã do alemãozinho com cara de menina, e continuo a achar que nunca será um dos grandes. Apesar de que minhas previsões nem sempre se confirmem, pois jamais julguei que Button pudesse ser campeão, assim como não vejo em Webber tais predicados (ser campeão).
- Barrichello - Boa corrida, apesar da má largada. Trouxe uma qualidade de acertador para a equipe Williams e o carro vem evoluindo lentamente ao longo da temporada. Bater seu mais jovem e impetuoso companheiro de equipe de forma sistemática é a maior prova que o veterano brasileiro ainda continua a ser um ótimo competidor. Seus dias de sonhar com um título já estão no passado, mas isso em nada tira-lhe o mérito de estar onde está.
- Kubica - Uma das estrelas da corrida, quando após sempre estar entre os primeiros, teve um pneu furado e parou nos boxes. Combativo e seguro, efetuou diversas ultrapassagens na parte final da prova, mostrando que é possível sim, ultrapassar com segurança e categoria nesta pista.
- Nico Hulk - Vem mostrando boa evolução nas últimas provas, um pouco em função da evolução do equipamento, outro por ter adqurido rodagem. Promete para o futuro e fez boa corrida hoje.
-Massa - Xôxo. Largou de trás por culpa da quebra do câmbio do carro na classificação de sábado, tinha uma tática ousada de parar na primeira volta e trocar pneus e ir assim até o fim, mas após isso, pouco fez. Como demonstrado por Kubica, era sim possível efetuar ultrapassagens nessa pista e é imperdoável que Massa, com um carro igual ao que dominou os treinos e a corrida nas mãos de Alonso tenha se conformado em sentar-se a noite toda atrás de Hulk, Sutil e outros, sem esboçar combatitividade alguma. Péssimo momento e mau augúrio para sua carreira futura na Ferrari, onde abundam os rumores de sua eventual substituição.
Dos demais, algum destque para Adrian Sutil que lutou contra um carro difícil de conduzir e ainda teve seu tempo de prova acrescido em vinte segundos, perdendo a nona colocação obtida na pista para Felipe Massa, ficando apenas com o solitário pontinho do décimo posto.Lewis Hamilton fazia grande prova quando chocou-se com Mark Webber, praticamente alijando-se da disputa do título, a exemplo do que havia feito na Itália ao chocar-se com Massa. Mesmo assim, acho-o um craque e sua ousadia é um ingrediente a mais de interesse no asséptico ambiente da Formula 1 moderna. Shumacher fez prova média, oscilando entre ir bem e  caindo de produção e chocando-se com o Japa-san no final. Este ia bem, dominando amplamente seu mais experiente novo companheiro de equipe Nick Heidfeld, mas teve azar ao encontrar um Schumacher disposto a não vender barato sua posição. Lucas di Grassi fez corrida ultra-discreta, ao contrário de seu companheiro Glock que lutou pela décima posição no início da prova, caindo de produção depois. Bruno Senna foi dominado por seu novo companheiro Klien e mostrou desânimo e fraco desempenho ao longo do final de semana. Ambos os pilotos brasileiros não parecem destinados a continuar pilotando na Formula  no ano que vem, e pode-se dizer que a categoria não vai perder muito com suas respectivas ausências.

sábado, 25 de setembro de 2010

CINGAPURADAS


Sete alemães no grid. O bom Heidfeld voltou a sua casa, filho pródigo que é. Os brasileiros, honrosa excessão de Barrica, mal. Mal mesmo. Massa foi vítima de um defeito mecânico na Ferrari e largará em último. Deve vir babando e pontuar, mas chances de vitória são pequenas. Di Grassi, ameaçado pelos euros do Jerome D'Ambrosio e pela sua própria inabilidade em superar o manquitola Glock em um mísero treininho sequer, segue sua triste balada, de ser piloto de Formula 1 sem realmente o ser. Balada de dupla, onde está bem secundado pelo primeiro sobrinho, Bruno Senna. Este, pela primeira vez tem um piloto de verdade como companheiro de equipe (sorry, Chandok e Sakon — vocês tentam a gente sabe, mas a mão de assinar cheques é melhor que o pé direito de apertar o acelerador), e já leva quase dois segundos no currículo ( e no resto do corpo também). Bravo. Isso porque o tal Klien não é nenhum bicho-papão. No treino de verdade, Alonso continuou sua saga de papa Red Bulls e levou a segunda pole consecutiva. Vettel errou mais uma vez,  mesmo assim larga em segundo. As duas Mclarens vieram logo atrás com Hamilton a frente de Button. Um apagado (ou pragmático?) Webber foi o quinto seguido por Barrichello. Desta vez o veterano brasileiro bateu seu companheiro de equipe por inequívoca margem. Os demais: Rosberg, Kubica, Schumacher e Koba-san fechando os top ten. Amanhã tem corrida. Alonso pode ganhar e manter-se vivo na luta pelo título, que será mais mérito seu que da equipe como um todo. Massa, cada vez mais segundo piloto do espanhol, terá que fazer milagres para conseguir algo de relevante. Webber está de olho nos pontos, e não deve correr riscos desnecessários. Hamilton precisa logo de algum tipo de reabilitação e também deve fazer corrida cerebral. Button deve ser o cara para ir para o tudo ou nada.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

SORTIDAS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES


Várias pequenas coisas me chamam a atenção no automobilismo:
- O anúncio da assinatura do piloto Jerome D'Ambrosio pela Virgin. Primeiro, muito me espanta que alguém em sã consciência vá levar dinheiro para aquela bomba. Segundo, o que foi feito do Luiz Razia? Ele não ia pilotar o segundo carro da equipe nos treinos de sexta feira no GP do Brasil? E por último, os augoreiros de plantão estão tirando Lucas (que GB insiste em chamar de "Luca") di Grassi da equipe na próxima temporada. Considerações minhas: Lucas di Grassi não mostrou a que veio, portanto se sair da equipe e da própria categoria não será uma ausência sentida. Nem para a equipe e muito menos para a torcida brasileira.Mesmo com o envolvimento do normalmente vencedor mega empresário Richard Branson, a equipe Virgin me lembra uma daquelas "ratoeiras" dos ingleses, tipo a March do Max Mosley dos anos setenta que tanto prejudicou vários pilotos promissores, entre eles o nosso Alex Dias Ribeiro.


-O assunto das desclassificações da corrida da Stock Cars em Campo Grande. Confesso que não assisti a corrida (pretendia assistir, mas minha mulher me comprou o jornal  de domingo e resolvi que teria mais prazer e proveito em uma deliciosa leitura dominical, apesar dos podres da política, do que ver a procissão estoquiana em terras pantaneiras), e portanto não sou o mais qualificado para opinar. Só me pareceu um paradoxo não terem desclassificado o Ricardo Mauricio na corrida do milhão em Interlagos, uma vez que ele também ficou sem combustível na volta de desaceleração e portanto infrigiu o regulamento que exige que os tanques de combustível contenham pelo menos três litros de etanol após o término da prova.A já abalada imagem da categoria não precisa de polêmicas de dois pesos e duas medidas.
- E continuando na Stock, o suposto favorecimento de Cacá Bueno a seu irmão Popó, para que este passe ao play off final, foi uma coisa estranha. Resta saber se o pai dos dois, Galvão Bueno vai esbravejar contra a manobra da mesma maneira como fez quando a Ferrari ordenou a Felipe Massa que desse passagem a seu companheiro de equipe no GP da Alemanha. Dois pesos e duas medidas de novo....

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

SORTIDAS

Curtas, só para movimentar o "boteco" aqui, entre surtos de (falta) de inspiração em escrever o terceiro capítulo de meu primeiro romance policial.

- Grosjean como piloto de testes da Pirelli: deve ser brincadeira, o cara é ruim demais e tem a sensibilidade de um elefante dentro de uma loja de cristais. Credo! Além disso sua experiência como piloto de Formula 1 é limitadíssima e ultra discreta. Nick Heidfeld, de quem sou admirador declarado havia sido uma boa escolha, mas Romain é de doer!











- A volta-não-volta do Kimi para a  Formula 1, na equipe Renault: o cara é bom, desprovido de carisma ( mas quem precisa disso nessa época tão insossa — Schummy é um dos ídolos mais sem graça da história da Formula 1 — e sabe acelerar. Falta-lhe a garra, o mau-caratismo de um Alonso, o empenho, a mordida. Mas um campeão mundial (que não seja o bundão do Villeneuve) é sempre bem vindo de volta.









- A Lotus usando o motor Renault: devagarinho, devagarinho, a equipe de Tony Fernandes vem mostrando que seu projeto é mesmo sério e consistente. Esperamos definições de planos mais eficazes por parte da Virgin e da Hispania.

DAMON HILL : HAPPY BIRTHDAY

Já fiz aqui neste mesmo blog vários elogios ao piloto e ao homem Damon Hill (que tive o privilégio de conhecer e privar a amizade). Portanto, nada mais adequado que lhe enviar de público, meus desejos de felicidades pelos cinqüenta anos de idade completados hoje! Aliás, minha própria idade, meio século redondinho. Vários outros blogs fizeram perfis bem bacanas da carreira do Damon, com destaque para o sempre ótimo http://continental-circus.blogspot.com/ do amigo Paulo Speeder. De qualquer maneira, meus parabéns vão para o jovem tímido de vinte e poucos anos que honrou a memória do pai como poucos e que sempre teve conduta ética e esportiva na vida profissional e pessoal. Abração, Damon!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

VOLTEI: I AM BACK!


Nota curta, curtíssima: após terríveis vinte e dois dias de internação estou novamente em casa. Fiz uma cirurgia na segunda-feira, tudo correu bem e estou novamente na (quase) ativa. Abraços a todos os amigos que torceram e oraram por minha recuperação. Prometo recuperar o ritmo do blog em breve!!!!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

INDEPENDÊNCIA OU VIDA: QUANDO?


São cento e oitenta e oito longos anos desde o tímido grito ás margens do riacho Ipiranga. Pedro não tinha muitas alternativas e seguiu o que seus instintos lhe diziam: melhor ser o libertador e manter algum tipo de poder, do que deixar espaço para que outros o fizessem. Depois foi brigar com seu próprio irmão Miguel pela Coroa Portuguesa e entre suas muitas escapulidas sexuais, deixou sua marca na história de maneira indelével. Caminhamos bastante nesses quase dois séculos de vida independente(?!). Primeiro nos tornamos um país-continente consolidado em termos de território e cultura. Admirável. Exemplos de países com territórios muito menores que os nossos que ainda não adquiriram esta mesma condição existem aos montes . Crescemos de forma indolentemente tropical em direção ao interior e suas imensas riquezas. Trouxemos gentes de vários continentes e aqui nos fundimos numa raça heterogênea e pacífica. Adquirimos identidade nacional e nos macunaimizamos um pouco, nunca nos levando a sério demais. Bom!
A exemplo  do quadro acima, a história foi, está sendo e será muito maquiada por aqui.http://ultimosegundo.ig.com.br/1822/a+fantasia+de+pedro+americo+para+a+independencia/n1237770404907.html
 Parece que não gostamos da verdade,somos um país de fabulistas, preferimos o mito à realidade, sempre.Imagino que daqui a cento e oitenta e oito anos, tenhamos uma visão retrospectiva muito mais real sobre o momento que vivemos em 2010. Os engôdos, a manipulação da verdade a olhos vistos por uma classe de gente que fala uma coisa e pratica outra. Enchem as bocas para falar a palavra Democracia, mas querem calar a imprensa livre. Adulam ditadores de países periféricos, emprestando-lhes desmedida importância e têm dificuldades em falar de igual para igual com potências de fato (deve ser o tal complexo vira-lata que assola a pseudo-esquerda tupiniquim).
Assim como muitas coisas foram colocadas no quadro de Pedro Américo para criar um "efeito", nossos mandatários de plantão colocam fatos na mídia como se fossem verdadeiros. Num país de gente pacífica e ordeira, e em grande parte analfabeta funcional, isso cola. No entanto, eventualmente, nos civilizaremos. Nos tornaremos grandes, de fato. Deixaremos de pensar por procuração. Teremos adquirido espírito crítico e cultura de contestação real. Eles sabem, por isso os baixíssimos investimentos em educação. É conveniente que a manada, aplacada em sua fome de comida e circo por bolsas-esmolas e futebol/novelas de tv, seja ignara. Um país de nosso porte não merece a pequenez e a mesquinhez de sua medíocre classe política. Uma ficha Limpa de verdade causaria um cataclismo, não deixando pedra sobre pedra, e pouquíssimos candidatos em condições de tentar o pleito que se avizinha.
Ainda assim, sou otimista. Como dizia o brilhante poeta: "eu passarinho, eles passarão..."
Feliz dia da Independência, mesmo que ela ainda não tenha acontecido de verdade. Bravo Povo Brasileiro.

domingo, 5 de setembro de 2010

A INSUSTENTÁVEL FRAGILIDADE DO SER

Espero que alguns tenham notado a minha ausência por cerca de duas semanas. Eventos inesperados me forçaram a isso, notadamente a falta de um computador com conexão. Isolei-me do mundo e em breve isto se repetirá. Há tempos meu corpo dava sinais de cansaço. As lidas do dia-a-dia, o estresse, as contrariedades que nos fazem pagar um alto preço e nos torna suscetíveis e vulneráveis.Tentando ser o Super Homem que jamais fui, protelei até os limites do absurdo a visita a um bom médico. E quando, finalmente, por insistência de minha boa esposa, Ana, consenti, a retífica se fez necessária.A minha via-crucis estava começando. Dores terríveis que me prostravam na cama por horas em agonia, mitigadas por medicamentos analgésicos, se repetiam em intervalos cada vez mais breves. Mas como deixar as rotinas massacrantes de trabalho, as responsabilidades de pequeno empresário? Á força. A única maneira plausível.Especialista que pede mil exames. A internação num grande hospital público na capital de São Paulo (sem plano de saúde, sem opções). A lenta agonia de perecer numa maca no corredor, durante 36 horas. Em jejum absoluto, de comida e água. De amor, de afeto. O espírito se retesa e busca forças onde nem sabia existirem.Os rostos queridos da filha e da esposa, a dar conforto, a dar sentido ao sofrimento. Os milhares de dramas muito maiores que os meus. A insignificância do ser. Me senti um tracinho estatístico qualquer. A alta inesperada, sem nenhuma solução. A decisão de voltar para casa (Ourinhos), onde pelo menos estaria perto da família. O risco de dirigir 400 km em dor. A espera num pronto socorro lotado e com dramas diversos. A internação. Pelo menos estou em casa. A via-crucis dos exames. A certeza da necessidade de cirurgia, mas em etapas burocráticas a serem cumpridas antes. Um bom quarto, com duas camas. Em oito dias, quatro companheiros diferentes, cada qual a seu modo vivendo sofrimentos maiores, muito maiores. O tédio terrível. O carinho das enfermeiras e dos enfermeiros. Brava classe! O tempo que se arrasta lentamente, pontilhado por leituras e reflexões. O espírito que oscila entre a aceitação e o pessimismo. A busca de forças mentais para superar cada etapa. A incerteza de tudo e a certeza de nossa relativa desimportância no grande drama da vida. Ainda falta um pouco. Teremos uma semana cheia pela frente, mais exames, mais testes, quiçá a tão esperada cirurgia reparadora. As visitas dos familiares e amigos. A comida insossa e o sono leve. A espera. A espera. Não quis dar um tom de pessimismo a este texto, e peço desculpas se falhei.Lá fora acontece tanta coisa. Sem TV perdi um Grande Prêmio pela primeira vez em quase vinte anos. Mas ganhei muito em outros aspectos: estou mais humano, mais humilde, mais paciente, mais amigo. Aliás, amigos, um abraço a todos vocês e espero, voltar em breve com força e de vez!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Afastamento

Boa tarde pessoal,

Queria dizer que não estou postando nesses últimos dias e ficarei sem postar por mais alguns devido a problemas pessoais, assim que possível voltarei as postagens normalmente.

Obrigado pela compreensão!

Abraço!