sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

COMENTÃRIOS CURTOS E TODAVIA OPORTUNOS SOBRE A OFF SEASON


Movimentada esta época do ano. Muitas definições por acontecer no que diz respeito à composição das equipes, a valsa mal ensaiada entre Silverstone e Donnington, finalmente e felizmente decidida a favor da primeira, a mudança no sistema de pontuação. Ufa!
Começando com os pontos. Cada um tem uma opinião a respeito. Eu particularmente, sendo chato e tradicionalista, me acostumei com o velho 9-6-4-3-2-1, ou seja, do primeiro ao sexto. Correram por este sistema, Wilsinho Fittipaldi, Moco, Alex, Ingo, Serra, Boesel, para ficar só nos brasileiros. A média do Emerson por exemplo, é de 1.95 pontos por GP, isso depois dos desastrosos anos da Copersucar (em termos de resultados, nada a ver com a dimensão do que foi feito, para lá de respeitável). Hoje em dia, um Nakajima ou Alex Yoong qualquer, ao chegar em décimo lugar (não tão glorioso assim, convenhamos) será um "point scorer" na Formula 1. A meu ver, desmerece um pouco a história da categoria e banaliza certas conquistas. Como se para a Copa do Mundo de Futebol, pudessem ser classificadas umas oitenta seleções, ao invés das 32 atuais (que já foram 16 nos tempos de outrora). Sei lá. Vejamos.
O caso de Lucas di Grassi. Como torcedor e brasileiro, fico feliz por ele ter alcançado o tão sonhado patamar. Acompanhei de perto a carreira de quase todos os brasileiros pós-Emerson que chegaram ao "topo do Everest" do automobilismo, a Formula 1. Espantei-me com a rápida ascenção de Boesel, eu que o conhecia pessoalmente dos circuitos ingleses, achava (e ainda acho) o Moreno muito mais piloto, mas o Raul teve seus méritos. Vi o Alex, o Chico Serra, o Ingo Hoffman (que merecia ter tido mais oportunidades) , vi o Moco chegar lá. Me lembro de torcer como um louco para o Wilsinho se firmar na Formula 1, pois conhecia suas qualidades, mas o destino não quis. Num vídeo do primeiro Grande Prêmio do Brasil de Formula 1, que andou circulando pelos blogs na semana passada, podemos ver o "Tigrão" pulando na liderança e a mantendo por duas voltas, num velho Brabham Bt34, liderando seu irmão Emerson, o argentino Reutemann e Ronnie Peterson. Tudo bem que a prova não era válida para o mundial e havia apenas 12 carros no grid, mas ele mostrou que tinha garra e atitude. Lamentavelmente sua carreira nunca realmente decolou. Mas o fato de ser um piloto de Formula 1 era uma credencial em si mesma. Depois, vi outros brasileiros chegando lá: Zonta, Rosset, Bernoldi, Burti, Pizzonia. Confesso que esperava mais de Zonta, de Bernoldi e de Pizzonia.
Por que dar tantas voltas? Bom, quando Massa chegou à Formula 1, não dava um tostão furado por ele ou por seu futuro na categoria. Estava (felizmente) enganadissimo. Seu currículo anterior era bem mais fraco que o de Bernoldi ou de Pizzonia, por exemplo. Senti muito quando Christian Fittipaldi resolveu largar um futuro auspicioso na categoria para ir para os EUA. Outro piloto, a exemplo do pai, que não teve sua merecida oportunidade. Quanto ao Di Grassi, vou ser sincero, e espero estar tão errado quanto estava em relação ao Massa: não acho que vá ser um dos grandes. Já rodou muito, tem bons resultados, mas me parece, sem conhece-lo pessoalmente, um tanto arrogante. Assim como Nelsinho Piquet (que agora, desempregado, parece ser mais humilde, pero no mucho). Humildade e arrogância não têm muito a ver com talento, mas eu ainda prefiro os pilotos estupidamente talentosos e humildes. Simplesmente acho que Di Grassi não é melhor que Piquet, Grosjean e outros do mesmo naipe. Espero sinceramente estar enganado e lhe desejo toda a sorte do mundo.

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