quinta-feira, 18 de junho de 2009

SUPREMA IRONIA: HA 27 ANOS ATRÁS MOSLEY E A FIA ESTAVAM EM LADOS OPOSTOS



No ano de 1982, a FIA era comandada pelo irrascível francês (e também ele membro do partido nazista, a exemplo do pai de Max Mosley, sir Osvald) Jean Marie Ballestre. Suas decisões eram quase sempre polêmicas, e ele tinha uma atitude ditatorial sobre a entidade e seus afiliados. Durante o ano de 1981 houve a chamada "Guerra entra Fisa e Foca", Fisa sendo o braço esportivo da Fia. Do lado dos construtores a "raposa" Bernnie Ecclestone tinha um advogado liso e perigoso, com o nome de Max Mosley (alguém associa os dois? ). Pois é, o cerne do problema era como sempre, a grana, ou melhor a maneira de distribui-la. Entre muitas exigências absurdas, a Fia instituiu uma cláusula obrigando os pilotos a assinarem-na assim que adquirissem a super-licença, comprometendo-se a permanecer fiel a suas equipes em qualquer circunstâncias. Bom, a história era bem mais longa, e chata. O fato é que no GP da Africa do Sul (o primeiro daquela temporada) um ex-campeão mundial voltava à ativa, Niki Lauda. E ele tinha estofo moral e temperamento para encabeçar uma briga em prol dos direitos dos pilotos e o fez, secundado por Jacques Laffite, Rene Arnoux e Didier Pironi. Os pilotos mais jovens assinaram os documentos, com medo de perderem seus postos, mas os mais estáveis resistiram e na véspera do GP decidiram se rebelar. Trancaram-se todos juntos (30 no total) num quarto de hotel e passaram a noite em conversações para defender suas posições. Elio de Angelis, exímio pianista entreteu a todos com agradáveis consertos, e Nelson Piquet, gozador nato, com as piadas. Tenho algumas fotos tiradas de uma revista "Grand Prix International", que mostra os pilotos dormindo juntos em colchões colocados no chão.

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